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Qualquer cena

16/08/2010

Qualquer lugar para uma história.
Qualquer temperatura para uma história.
Qualquer som para uma história.

Mas há uma cena de glória.

Qualquer toque para um arrepio.
Qualquer calor para um arrepio.
Qualquer musica para um arrepio.

Mas há uma cena de sorriso.

Qualquer água no olho.
Qualquer brilho no olho.
Qualquer sorriso no olho.

Mas há uma cena no olho.

Qualquer linha
Qualquer rima
Qualquer soneto

Mas há uma cena de uma só palavra

E não há qualquer palavra
Não há qualquer história
Não há música, nem temperatura.
Não há qualquer sorriso e arrepio.

Por que não é em qualquer olho
Que acontece uma cena que não é qualquer.

Outros prismas

25/07/2010

É complicada luta contra o que não se sabe.
Decepção, frustração e incapacidade de vencer.
Empurra-se. Há fuga. E culpa.

Culpa que não é culpa.
Apenas incompatibilidade de prisma.

É, normalmente, um caminho recorrente para muitas pessoas.
Se acredita no quer, se enxerga apenas o que se quer ver.

Quão difícil é entender uma outra pessoa?
Quão difícil é explicar a emoção apenas com a razão.

É apenas olhar para um prisma, por fora do prisma.

Estar imune em analise às sensações não significa insensibilidade.
E isso é um caminho pouco escolhido por muitas pessoas.

Há sim verdade absoluta. Mas ela é tão rarefeita quanto a certeza que ela exista.
E em meio a tantas verdades com valores mutantes, é complicado lutar contra o que não se sabe.

Sob a mesma lua

17/07/2010

E eu fui. Fui muito alto. Tão alto que eu pude ver todas as luzes.
Sei que eu já fui mais longe. Mas não me lembro. Então eu fui longe demais.
E escolhi ser mais rápido que o Senna pra ir.

E fui. 22h49.
Não tinha mais meu pé nesse chão.
Não tinha medo, nem frio na barriga. Não tinha.

Tinha tudo pequeno e luminoso. Com espaços escuros.

Eu dormi no céu.
O que guarda a mesma lua. Em São Paulo. Em Campo Grande.
Em qualquer lugar do mundo.

Tinha vento. E frio antes da porta.
E toda luz que eu vi lá de cima, novamente
Dessa vez concentrada num lugar só.
E eu abracei.

O céu é tão azul
O sol é tão quente.
Isso me faz tão bem.

Não sei se era o sol
Ou se era o céu
Mas o brilho ficou brilhante. Mais.
Como se fosse um sorriso. Ou dois. Ou dois em um.
Ai se misturou com som de sim

Eu levei minha garoa paulistana pra tocar no chão plano de campo Grande.

Não sei se é sonho ou imaginação. Parece real.
E você dança. Com a luz que você viu.

E sei que acordei no céu.
Querendo pisar no freio do avião.

E meu pé tocou no chão.

Corinthians Grande!

01/09/2010

Tem coisa que você apenas sente.

E por mais que você busque qualquer palavra na memória, nas pesquisas, nos dicionários, tem coisa que você apenas sente. E não vai adiantar mesmo tentar encontrar. Vai tudo parecer pequeno em comparação com o tamanho e o peso disso.

Então a gente tenta pela quantidade. Escolhe logo todas as palavras. Todas as ideias possiveis e imagináveis. E o que a gente nunca havia pensado, nós copiamos. E mesmo assim, por mais que se tente, tudo ainda parece pequeno.

É por que tem coisa que você apenas sente.

E se sente por que nós somos assim. Sensíveis. E tem coisa que realmente não tem explicação. É um erro querer explicar algo que se sente. Então apenas sinta. É isso. Sentir.

São cem anos. São incontáveis histórias. São marcas imensas cravadas em histórias de pessoas que somadas as idades irão atingir muito mais do que cem anos. São milhões de histórias e marcas.

Marcas e histórias que nós apenas sentimos.

Por que somos! E eu sempre escutei dizer que o Corinthians era diferente. Eu sei que é. Mas eu vou cometer a burrice de tentar explicar isso. Por que há coisas que você apenas sente.

E é sofrimento puro! É raça pura! É luta pura! É sangue puro! É uma tradição que já dura cem anos! É uma dor que explode a cada grito de libertação, de identificação com a felicidade. É cada lágrima que fica no olho no choro feliz da emoção.

É representação do que se é na essencia mais pura! É o povo! E que me perdoe todo brasileiro (e eu sou muito), mas como diz a música “é a mais bonita das nações” É o peso de uma nação inteira. De milhões de pessoas.

É a guerra cotidiana de perder, levantar a poeira e vencer. É o abraço no desconhecido. É a dor da inferiorização. É ser gigante. É o sabor de derrotar dragões.

É a minha história! É a minha vida! É o meu amor!

E eu tenho história para contar. Eu tenho tanta coisa para lembrar! Eu tenho tanta coisa que me faz chorar. E eu me emocionaria por cem anos seguidos revendo tudo isso.

E não me importa o sonho dourado de não ter o troféu mais desejado. Eu tenho tudo isso no amor mais bonito. E o Corinthians é o mais bonito nisso tudo.

Eu aprendo, diariamente! Eu nunca desisto! Eu nunca abandono! Eu sempre acredito. Eu vou com raça! Eu vou com coração! Eu luto e como grama, se tiver que comer! Eu chuto e com gana de vencer. E se eu perder, eu brigo, mas não desisto. São os 90 minutos da minha vida por cem anos. Pela minha vida. Pela vida da minha familia.

Por que eu sou Corinthians. Corinthians grande!

É o que eu faço da minha vida. Sou Corinthians a cada momento. A cada pensamento ligeiro. Sou um gol, um carrinho, uma defesa, um passe, eu sou um soco no vento. Sou mais um grito no vento!

E não me importa se é de noite ou de dia. Se faz calor, se chove e faz frio. E nao me importa se vai ou não doer. Por que há um tipo de coisa que não se explica. Apenas se sente. O coração bate mais forte!

Cem anos! Obrigado por existir Corinthians! Obrigado do fundo do meu coração! Eu tenho todo o orgulho do mundo de ser isso. De ser parte disso. De viver isso!

Pelo Corinthians, com muito amor, até o fim!

A única coisa que eu não sei

01/06/2010
Eu não tenho nada para falar.
É um vazio completo e absoluto.

Psicologia.
Comportamento.
Humano.

Todo mundo é muito parecido, sendo muito diferente.

Há uma linha lógica.
Racional nas ações.
Existe muita semelhança.

Eu não sei o que pensar
É um assunto que eu não conheço.

Teorias.
Filosofia.
Ser.

Tudo tem intersecção, mesmo sendo paralelo.

Há semelhança na vida.
As opções são restritas.
E isso tem uma logica.

Mas há um espaço vago no meu cérebro.
Um vazio não preenchido.

Que a minha filosofia não é capaz de teorizar
Um comportamento racional que eu não sei o que é
Um ser – humano que eu não sou capaz de ler.

É outro universo, que não existe nesse mundo.

Eu não sei.
Eu não entendo.
Eu não explico.
Eu não conheço.

Bastante

Quando eu fico parado minha mente se move por mim.
No farol, com a chuva lá fora.
Há demora em sair do lugar.

O vidro embaçado.
As luzes dos carros.
Parece um mar com pontos de sangue.

E eu sei do que eu preciso.

Oxigênio e coração
Respirar e emoção

Se eu pudesse ficar mais do que eu fico
Isso jamais seria demais.
Se eu pudesse ficar mais do que eu fico
Mais e mais do que muito mais.

Quando não há som nenhum as melodias internas começam a surgir
Janela fechada e meu ouvido também
Nenhum estrondo é capaz de me explodir

Ondas de rádio, sons em mp3
Imagens de televisão de outros países
Eu poderia estar em qualquer lugar

Mas eu sei do que eu preciso

Oxigênio e coração
Respirar e emoção

Se eu pudesse ficar mais do que eu fico
Isso jamais seria demais.
Se eu pudesse ficar mais do que eu fico
Mais e mais do que muito mais.

Uma noite e uma manhã não seriam suficientes.

Começo

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